Se a expectativa de vida do brasileiro é de até 75 anos, por que os PRFs vivem 19 anos menos? O que era para ser mais uma reunião de estudos na Ordem dos Advogados do Brasil ( OAB) da Bahia, acendeu um alerta sobre quais os fatores de risco e sob quais circunstâncias os PRFs estão morrendo.
Os dados serviram de inspiração para um trabalho de conclusão de curso do PRF W. Marques. Denominado de “Fatores de Risco e Vitimização Fatal de Policiais: Uma Analise sobre a Policia Rodoviária Federal no Brasil”.
A analise foi baseada nos dados fornecidos pela Divisão de Saúde e Assistência Social da PRF, complementada com informações da internet. Mostra que o maior número de mortes aconteceu nos anos de 2009, 2010, 2012 e no ano passado.
Pelo menos 26, 67% morreram vítimas de acidente de trânsito, em serviço. Outros 18,67% foram vítimas de latrocínio e, pasmem, 14,67% por suicídio. O maior número de mortes aconteceu na faixa etária entre 30 e 39 anos. E a correlação com o serviço é de 53,33%.
O Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado de Pernambuco (SINPRF-PE) avalia com muita preocupação o resultado da pesquisa. Por isso mesmo, já encomendou a Fundação Getúlio Vargas um trabalho semelhante.
O objetivo é de mapear o perfil socioeconômico, profissional e de saúde da categoria para ajudar na criação de projetos que atendam as necessidades dos PRFs e possam também servir como base para criação de leis e outras ações.